27 dezembro, 2015

NATAL EM CASA DO PICCOLO

Já há alguns dias que cheguei de Itália, por isso não sei se a precisão vai ser a mesma.
Cheguei a Roma na sexta à noite (18 de dezembro) e foram os pais dele que nos foram buscar ao aeroporto. Já tinha estado com eles. Não ia ser o primeiro encontro, mas estava um bocado "coisa". Não falo italiano e conheço a mãe dele: ela fala muito e está muito à vontade comigo. Por isso, isso punha-me mais sem jeito.
Encontramo-los e lá nos cumprimentamos. A mãe dele até me queria cumprimentar primeiro que ao filho. Mas deixei-o estar à minha frente para não o fazer. A mãe sempre sorridente e bem disposta. O pai com um sorriso simpático mas mais calmo (como da última vez). Entramos no carro e comemos pão com mortadela. Que saudades que eu tinha deste cheiro. Não falei muito na viagem. Acho que a vergonha começou a chegar. A viagem foi longa e ainda dormi um bocado. Que soneira!
Ainda no carro e já na vila dele (sem eu saber que já o era), a mãe faz a piada da praça da Concordia, do Arco de Triunfo, da Catedral Notre Dame e de Montmartre à medida que passávamos em certas partes da vila (numa praça, num arco de flores, numa igreja e no topo da vila). Ri-me, sem ter nada para dizer.
Chegamos a casa dele e os avós esperavam-nos. Conheci-os e cumprimentei-os. Muito simpáticos e faladores logo num primeiro contacto.

Sábado combinamos ir à praia. Gaeta. Saímos de casa já à hora de almoço. Passamos em Terracina para almoçarmos num restaurante perto da praia (praça da República) e todos os pratos foram de peixe. Estava bom mas aqueles peixes fritos deixaram-me a arrotar o dia todo. Claro que não disse isso ao meu pequeno, para ele não ficar triste..
Subimos ao monte mais alto desta cidade e tiramos fotos. Paisagem muito bonita com o sol a bater na água do mar... Seguimos para Gaeta. Paramos pelo caminho para tirarmos fotos com o pôr do sol. Em Gaeta íamos ver umas supostas escadas que descem numa falésia até ao mar mas não foi bem isto que encontramos. Realmente descemos as tais escadas mas que nos obrigavam a subir mais à frente. Conclusão: ficamos numa parte alta entre duas falésias a ver o mar. É bonito mas não víamos grande coisa, uma vez que as falésias eram muito altas e tapavam a vista toda. Mas tenho fotos =)
Voltamos para casa e à noite saímos até uns bares numa cidade perto de casa dele (Alatri). Conheci uns amigos dele e ainda me ri com eles. Um deles, segundo o piccolo, era bom para a Célia. Ele ficou interessado (mesmo sem a conhecer) e começou a fazer perguntas sobre ela. Pois, ela só fala português... Nada feito.
Outro, quando me conheceu e soube que eu era a namorada, disse: "Ah, finalmente que a conheço." Gostei de ouvir, claro. Toda contente, a rapariga. E perguntou ao A. se eu estava a ficar em casa dele. Ele disse-lhe que sim ao que o amigo responde: "Então a tua mãe deve estar toda contente!" Eu ainda fiquei mais contente =)
Entretanto passa um amigo dele e faz-lhe uma festa quando o vê. O A. apresenta-mo ao que ele diz "Namorada? Mas quê, é a última?" Desta é que eu não gostei. Ok, faz de conta que não percebes. Depois mandas a boca na melhor oportunidade. O piccolo continua a rir como se ele não tivesse dito nada de mais.
Mais tarde pede ao tal suposto futuro da Célia para lhe puxar o dedo (estava mal da barriga, o rapaz). Ele não percebe mas o A. explica-lhe. Todos se riem e o loiro, que se chama Matteo, pergunta/afirma: não fazes isso com a tua namorada?!
"Como non?" responde o meu pequeno. Que fofinho!
Fiquei contente por conhecer muitos amigos dele. Foram só quatro, mas para ser só numa noite e praticamente sem combinar com ninguém, são muitos.

Domingo, dia de almoço em família. Levantamo-nos cedo e fomos a Fumone ver o castelo com uma lenda de que existem fantasmas. A história é bonita e há duas histórias diferentes para o mito da existência de fantasmas neste castelo. O primeiro é de um antipapa que é posto numa cela muito pequena e que acaba por morrer. O segundo é o filho dos reis (que agora não me lembro dos nomes) que é envenenado pelas sete irmãs mais velhas. A mãe não o sabe e guarda-o num armário com esperança que ele um dia ainda volte.
Almoçamos em casa dos avós. Nossa... Comi tanto. Primeiro prato: gnocchi com molho de tomate e carne de vitela e ovelha (não tenho a certeza). Segundo prato: não me lembro. Sobremesa: bolos - pandoro de chocolate, panetone - e fruta. No fim café. Estava que nem podia. Estava-me a sentir mesmo mal. À tarde fomos até à montanha e as curvas ainda me punham pior. Fez-me bem mexer um bocadinho mas já me sentia como no Natal. Credo!
Na montanha, vimos o pôr do sol e paisagens wow! Que lindo. Como se fossem desenhos. Montanhas redondas com um bocado de nevoeiro a passar-lhes por cima... Mesmo lindo. Tenho fotos.
À noite deveria ser uma noite mais tranquila mas havia um jantar de final de curso de um filho de uma amiga da sogra. Vai tudo ao jantar. Ponho-me todo bonita com a camisola branca de malha que o piccolo me deu e os saltos altos. No jantar conheci a mãe da Alessandra e da Giovanna. O finalista foi o último a chegar e o primeiro a ir embora. Houve uma altura que eu pensei que ele tinha ido à casa de banho. Começam todos a comer o bolo sem esperar por ele e penso "ninguém espera pela personagem principal?" No final do jantar o A. diz-me que ele já se tinha ido embora. Recebemos prendinhas: amêndoas de chocolate e dois frasquinhos com aroma a lavanda e a pimentos. No final do jantar, eu e o A. vamos ver a praça da cidade (Fiuggi).

Segunda feira é dia de dormir até tarde. Os últimos dias foram cansativos e estava mesmo a precisar. Saímos ao final da manhã (acho eu) e levamos pão de pizza com queijo e fiambre. Fomos novamente até à montanha fazer uma caminhada. Como são lindas as vistas. A mesma paisagem do dia anterior mas com mais tempo para apreciar. Tendo em conta que esta zona tem forma circular, nós fizemos meio círculo (ou talvez um pouco mais) no ponto mais alto, ou seja, com direito a vistas diferentes e bonitas. Também tivemos direito a um pouco de neve. Fui com os meus sapatos com sola mais alta. Parti um bocado de uma sola porque não foram feitos para caminhadas e caminhar com estes sapatos na terra dura da montanha não é nada agradável. Uma boa razão para não voltar a pegar nelas. Tiramos muitas fotos. Na descida, passamos em casa dele para ele pegar no computador e ir mandar arranjá-lo. Era suposto irmos até um lago que se podia avistar da montanha mas eu estava muito cansada para isso e ele disse que não tinha nada à volta onde pudéssemos passear. Era o lago e já está. Mais nada. Disse-lhe então que não fazia mal e que também já era tarde (ficamos muito tempo na loja dos computadores). Mas o menino gosta pouco de ir para casa cedo... Nahhh, ele estava era todo contente comigo lá. Mostrava-me tudo, falava de tudo. Em Paris não fala ele assim. Via-se mesmo que estava feliz. E eu estava feliz por vê-lo assim. Em vez de ir para casa fomos a outra vilazinha perto de casa dele que se chama Vico. Uma vilazinha mesmo fofinha. Não estava rodeada de muralhas mas as casas fechavam o espaço e só havia uma entrada. Eram ruínhas que subiam e desciam, em paralelo, com umas casinhas pequeninas, outras maiores, onde se podiam ouvir vozes de pessoas, da televisão ou simplesmente ver as luzes do interior das casas... Muito aconchegante. Claro que ninguém leva ali uma vida, mas para ter paz, não há melhor.
Voltamos para casa e voltamos a jantar nos avós. Primeiro prato: polenta. Segundo prato: Bufala Sobremesa: bolo de nozes e tâmaras e fruta. Eles falavam tanto... Nossa. Cheguei a uma altura que me começou a doer a cabeça e então deliguei um pouquinho. Não percebia e não.... por isso o esforço era desnecessário.
Quando fomos para casa, entrei no facebook para meter uma foto que tinha tirado na montanha. E para isso tive de a enviar para o meu email, entrar no tablet dele, entrar no meu email, descarregá-la e ir busca-las às imagens. E começa aqui a história que quero contar.
O menino tinha uma foto tirada como printscreen no Skype. A foto estava escura e por isso não dava muito bem para ver a cara da rapariga. Já vai ouvir. Entra no quarto, põe-se ao meu lado e vê-me a pôr a foto na net. Vou às imagens e apago a minha foto. Deitamo-nos e digo-lhe:
- Não gostei duma foto que vi no teu Ipad. Mas pronto.
Não ouve. Como não voltei a repetir, pergunta:
- Quê? Não percebi.
Faz sempre isso. Ouve sons saídos da minha boca e não está atento ao que digo. E só quando me calo e ele acha que é suposto responder alguma coisa é que pergunta pelo que eu disse.
- Não gostei duma foto que vi no teu Ipad.
- Que foto?
Pega no Ipad, acende a luz, vais às imagens. Mostro-lhe a foto. Diz-me que já a tinha visto. Sim, tinha visto outras mais acima (mais antigas) mas esta do Skype não. Ou pelo menos não me lembro. Supostamente era a mesma amiga que estava em cima e foi antes de nos conhecermos.
- E porque é que tiraste uma foto com ela no Skype? Ou porque é que fizeste Skype com ela?
- Era para experimentar tirar foto ao que aparece no ecrã.
Depois esteve para lá a explicar que era carregar em dois botões ao mesmo tempo.
- Ok.
Desligamos a luz. Não disse mais nada. Com as mãos, ele procura-me os olhos. Ele sabe que eu sou uma chorona. Mas desta vez não teve sorte. Apesar de triste, não tinha vontade de chorar.
- Hey! O que foi? Já te expliquei. Aquelas fotos estão ali há muito. Daniela! Não estou a perceber.
Fiquei um bocado calado e depois:
- Não sei se foi impressão minha. O teu amigo David perguntou no sábado se eu era a última namorada.
- Oh, O David só diz merda. - disse imediatamente como se estivesse à espera que eu o fosse dizer. - Ele faz isso a toda a gente. Diz coisas sem pensar. O Marco (um amigo dele) até já ficou sem falar com ele algum tempo por causa de uma rapariga porque ele está sempre a mandar bocas. Ele diz as coisas sempre nos momentos em que não as deve dizer. Ele é assim.
- Hum. Mas ao dizer aquilo deu a sensação que tu andas aí a colecionar namoradas.
- Oh Daniela. Olha, se queres saber, tu foste a primeira namorada que ele conheceu. Donc déjà n'y a pas de sense à ce qu'il a dit.
Fiquei calada.
- Mas tu acreditas mais nele que não o conheces do que em mim.
- Não. Eu acredito em ti. Só te estou a falar disto porque ele o disse e eu não gostei.
- En plus, tu es la première copine a venir chez moi.
- Mais non.
- Dormir oui.
Fiquei calada. E não contive as lágrimas. Estar ali a dormir ao lado dele, com os pais a dormir no quarto ao lado, a ser tão bem tratada por todos, amei-o ainda mais. E não consegui dizer nada. Beijei-o na cara e fomos mudando de conversa. Fiquei tão feliz. Quando me disse "boa noite" passou-me a mão na cara e sentiu-a molhada.
- Tu pleures? Tu sues tellement que je ne sais pas si tu pleures ou si tu sues.
Ri-me.

Terça feira levantamo-nos às 6h da manhã. Primeiro que o pai. A mãe já estava a pé mas porque acorda cedo.
Levei o bolo de nozes e tâmaras num tupperware - que sogra mais simpática - mais as amêndoas do domingo. As que levava a mais eram para as minhas irmãs, segundo a mãe dele. Os avós também já estavam a pé e despedi-me de todos. Todos estavam pendurados na varanda a acenar na despedida. Que queridos.
Chegamos ao aeroporto numa hora e meia. O A. entrou no estacionamento e ainda tínhamos 2h para o fecho das portas. Ficamos ali a conversar. Depois levou-me lá dentro, despedimo-nos (7 dias sem nos vermos) e entrei no controlo de metais.
Um aparte. Talvez seja esta história toda dos atentados mas o homem que estava à minha frente na fila para o avião tinha ar de terrorista e fiquei mesmo com medo. Até mandei mensagem ao meu pequeno "Gosto muito de ti. Para o caso do avião não chegar". Chegou.

Resumo destes 3/4 dias:
Fui muito bem recebida. Senti que todos gostaram de mim, mesmo pessoas que não eram da família, como as amigas da mãe. A mãe dele abraçava-me e dizia-me: Dániééééé, bella. E outras coisas mais que eu não percebia. A mãe dele apreciava-me quando eu estava a comer. O pai não me deixava acabar de comer e já me estava a propor mais. Não, por favor. Já comi muito. Adorei, adorei, adorei. O avô falava-me de Portugal, das laranjas com este nome, dos portugueses em Roma que não pagavam e de um rei italiano que foi enviado para Portugal por se portar mal em Itália (pormenores desta história é que eu não sei)

Agora é a vez dele. E só quero que tenha a mesma ou melhor hospitalidade que eu tive em casa dele.

17 setembro, 2015

EU, A PROFESSORA DE PORTUGUÊS

Dói-me a cabeça. Dói-me o coração. Tenho a sensação que não vou conseguir dar conta do recado. E não gosto nada desta sensação. Porque quando estou num trabalho, gosto de o fazer bem.
Ser professora não é fácil. e pelo 1º ano da minha vida, sou uma professora normal. Não sou estagiária, não sou substituta. Sou a professora de Português. Ponto. A meio do mês e já tenho testes para corrigir. Vou fazê-lo amanhã. Nem sei que cotação atribuir, quanto descontar dos erros ortográficos. Enfim. Logo verei. 
Para além disso, tenho uma aluna que quer passar o BAC (não me perguntem o que é, please) em Literatura Portuguesa. Pelos vistos exige muito esforço da minha parte para prepará-la. Eu nem sequer conheço direito o programa.... A professora que estava no meu lugar no ano passado não me atende o telefone.
Detesto as quartas porque dou aulas ao liceu - que inferno! Às vezes nem quero falar muito com medo de que os alunos saibam mais do que eu (é triste). As quintas à tarde matam-me porque 6º e 7º anos seguidos é o terror. Barulho de canetas, de folhas e de porta-lápis a cair é coisinha que não falta. Mascaro-me e sou uma professora má durante estas duas horas. Saio da escola com uma cabeça que eu nem sei.
Resta-me o 8º e 9º que é pacífico mas porque só tenho duas alunas em cada ano.

Ai querias ser professora? Toma lá que é para aprenderes.

E pronto. A minha esperança é um dia mais tarde vir aqui ler este texto e perceber que a única coisa que me faltava era experiência e entrar no ritmo escolar francês. De resto, a vida de um professor é fácil.


Uma pequena história na sala de aula. Hoje, que é quinta-feira, dei aulas ao 7º ano. Os trabalhos de casa era saber simplesmente apresentar-se, utilizando os verbos "chamar-se" e "ser". Por exemplo: Eu chamo-me Mónica e sou francesa. Uma miúda que ainda não percebeu as regras nas minhas aulas, fala sempre sem ser solicitada e diz-me: 
- madame, madame, eu fiz os trabalhos de casa e escrevi tudo no caderno. Passei a limpo e tudo. Fiz os trabalhos de casa com a minha mãe. Posso ler? Então, eu chamo-me I, sou francesa, mamãe turca, papai argélie.
- Ok, ok - interrompo-lhe eu. Eu só pedi com os verbos chamar-se e ser. O resto ainda não sabes. Essas frases não estão bem feitas.
- Mas madame, está bem? mamãe turca, papai argélie - repetia ela. E ria-se.
- Para já não é papai nem mamãe.
Diga-se de passagem que me deu uma vontade de rir do caraças. Ainda fiz um sorrisinho à AVS.
- Sim, é. Nós vimos um filme no ano passado que a outra professora nos pôs. E eles diziam mamãe e papai.
- Sim. Mas isso é português do Brasil. É mãe e pai.

Oh que sorte de rapariga lá com o mamãe e papai afranceleirado.

31 julho, 2015

NÓS TAMBÉM DISCUTIMOS

Na segunda feira passada discuti com o príncipe (hoje é sexta).
Estou a "viver" em casa dele desde o dia 21 deste mês (hoje é o último) porque o meu quarto está "ocupado" e por isso passo uma parte do tempo a jogar no IPad dele.
Como ia a dizer, na passada segunda entrei (coisa que normalmente não faço) no meu facebook através do IPad dele. Tinha o facebook dele aberto (coisa que normalmente não está). Não dessas coisas mas a ex namorada dele perturba-me e entrei nas mensagens dele só para ver se tinha conversas com ela. Ora tinha, claro. Era pra aí a 4ª conversa (não muito antiga, portanto).
Entrei e a última conversa tinha sido no dia 9 de julho (um dia antes de ir a Lisboa ter comigo) da parte dele a perguntar-lhe algo do doutoramento dela. Li as mensagens mais antigas e não tinha nada de especial. Ele a dizer que estava em Paris, ela a dizer que estava em Trieste, ele a dizer para ela tirar umas fotos à cidade, ela a dizer que não tinha máquina, ele a dizer para o fazer com o telemóvel.

Fiquei doente. Tão mal que não tinha vontade de chorar. Estava dura. "Vou enfrentá-lo, vou ter de lhe pedir justificações"

Ele chegou a casa e comecei a disparar muito calmamente. Ele ainda se fez desentendido mas não valia a pena. As evidências estavam lá. Disse que sim, que falava com ela, mas só para saber se ela estava bem. E que não via mal nenhum nisso. 
"Não há mal nenhum, Mas há uns meses atrás falamos sobre este tema e disseste-me que já não falavas com ela desde dezembro não-sei-de-que-ano. Tem aí conversas de agosto do ano passado. E o problema é que me mentiste"

A conversa continuou por 1h30 (mais coisa menos coisa). Disse-lhe que ainda não estava convencida e que isto só me ia fazer não acreditar nele. E terminei a dizer que ele me magoava. Vi um lágrima a crescer-lhe no olho e a dizer-lhe "Não digas isso, não é verdade." E abraçou-me.

Lá fomos fazer o jantar. Noix de St Jacques na conchinha.
E pronto, no dia seguinte de manhã voltamos a conversar sobre isso e voltei a chorar. Ele tranquilizou-me e a verdade é que fiquei melhor com o que me disse. Mas cá para nós, ela ainda não está completamente esquecida (por mim e por ele)

01 julho, 2015

MILANO --------- OLÁ PAPÁS DO PRÍNCIPE

Passamos o fim de semana em Milão. Já lá tinha estado embora à noite e com direito a visita apenas à Catedral e ao Duomo. A impressão da cidade foi a mesma. É feia e cinzenta. Para além da cidade e do Duomo, tem o Castelo a visitar e ficamos por aqui. Esteve muuuuito calor. Fomos à Expo e andei muuuuito. Até me doeram o fundo das costas e as coxas. Comemos italiano e visitamos vários stands de vários países. Fiquei morta. O domingo foi para descansar. Apanhamos o voo ao final da tarde e enfim em casa (não é que me importasse de ficar. Paris é sempre aquele ambiente estranho)

Os pais do piccolo chegaram no mesmo dia mas um pouco antes. Despedi-me dele quando cheguei a casa e mais tarde convidou-me por SMS para jantar com os pais no dia seguinte (que acho que foram os pais que propuseram).

Segunda feira, 29 de junho de 2015, conheci oficialmente os pais do príncipe. Oficial ou não, conheci-os.
Não sabia o que me esperava. Além disse havia o entrave da língua e disse ao A. que estava com um pouco de vergonha. Ele disse que era normal mas não adiantou muito mais.
Fomos de carro ter com eles ao hotel onde estavam. Quando chegamos já lá estavam os dois à nossa espera, E com um sorrisão nos lábios. Pelo menos a mãe sim. [Que vergonha]
A mãe dele começa logo a falar pelos cotovelos, toda simpática. Entre perguntar-me se o A. é um bom professor de italiano, ao qual respondi não, e... não sei mais o quê, a senhora falou sempre.
Entramos no carro, e ficamos as duas no banco de trás. direção pizzaria italiana.
"Alora, Daniela" com o seu sotaquezinho italiano. "Que contas?"
Bom, não vou tar aqui a dizer tudo que ela disse até porque não sei qual é a ordem. E a certa altura este texto vai deixar de fazer sentido.
Quando não percebia alguma coisa pedia ajuda ao A. e lá nos íamos entendendo.
Chegados ao restaurante, sentamo-nos e a mãe dele pega num saco e entrega-mo.
"Daniela, é uma prenda para ti"
Como assim? Fiquei logo sem jeito. Acaba de me conhecer. E além disso, porquê? Não faço anos, não arranjei trabalho, sei lá. Tipo, olho para o A. para tentar perceber ou para ver se ele dizia algo e me ajudava com a situação. Nada. Tem um sorriso levezinho nos lábios.
Era um saco da Pandora. Fácil de adivinhar o que estava dentro. Duas pedras azuis, uma máquina fotográfica, uma mala de viagem e um golfinho ao centro. Lindo. Adorei. Agradeci aos dois, pai e mãe, e queria ter sido mais convicta porque amei a prendinha. Mas o meu italiano ainda não é bom.

Comemos as entradas: tomates, pão tostado, corgetes, pimentos. Depois a piza.
Fomos falando, sim a senhora não ficou um minuto calada. E sempre a rir. Parece, ou nota-se, que é uma pessoa feliz. Perguntou-me o que fazia em Paris e disse que também era professora.
"O A. tem um irmão. E tu?" Lá lhe falei das irmãs e dos pais que estão em Portugal.
"Os pais têm saudades?"
"Sofrem muito com a distância da filha?"
"Pois, é difícil. Eu sei o que é"

O pai perguntou-me a idade do meu pai. O A. não ajudava mas lá me consegui fazer entender ao fim de algum tempo.

Terminamos o jantar e fomos para casa. Pelo caminho a estrada estava cortada e mudamos de direção. Não sei por onde andei mas via pelo espelho que o A. não estava contente. O pai lá lhe berrou que estava a andar muito depressa. Se é coisa que não acho é que o piccolo conduz depressa. Aliás, se o fizesse era a primeira a dizê-lo. Não concordei muito com o pai mas pronto.
Entretanto o pai fez-me uma pergunta em que percebi 'Portugal' e 'sempre' mas não consegui perceber o que ele me perguntou ao certo. Disse-lhe que não percebi e o pai pede ao A. para traduzir. Ele não responde. Não diz uma única palavra. E vejo pelo espelho que não está a achar piada à conversa ou sei lá ao quê.
Então o pai diz-me com uma voz mais forte:
"Daniela, tens de aprender italiano para nos entendermos porque o A. não traduz nada."

Fiquei um pouco triste. Acabei por não saber o que me perguntou e depois de nos despedirmos deles, não lhe perguntei nada porque vi que ele estava um pouco nervoso.
Só deu um suspiro e disse: Não é fácil!
- O quê?
- Os meus pais
- Oh, não digas isso.
- Então não é? Principalmente o meu pai. Viste o que ele disse pela minha condução.

Não respondi. Hoje vou estar com ele. Vou despedir-me porque amanhã vou para terras lusas. E vou tentar puxar conversa dos pais e dizer-lhe que ele não foi muito simpático naquele dia.

Os pais telefonam-lhe todos os dias. E normalmente duas chamadas, porque o facto de a mãe ligar, não quer dizer que a parte do pai já esteja feita. Ele telefona também. E por isso mesmo, achei que eles tivessem uma relação mais próxima e amigável. Afinal não é bem assim.


*Lembrei-me de mais conversas que tivemos. Logo no 1º contacto, quando nos encontranmos ao pé do hotel, ela falou do calor que estava. "O A. diz-me sempre que aqui está frio, que está frio. Nós chegamos e está este calor." Sempre a rir
Já no restaurant, e depois de falar, falar, falar e rir, rir, rir, perguntou-me se eu a imaginava assim, tola e que só dizia asneiras. Ri-me e disse que não tinha propriamente pensado. Meio que menti. Cheguei a tentar imaginar como ela poderia ser mas, não sei porquê,  não conseguia imaginar. Mas não, assim não a imaginava. Um pouco mais séria, penso eu.
Entretanto diz-me também que está muito contente por estarmos ali todos juntos e por me conhecer. "Tu és uma bella ragazza, simpatico, calma."
"Grazie" dizia-lhe eu toda convencida.
"És uma pessoa calma, não és? Não és nervosa?!"
"Hmm mais ou menos"
"O A. é mais nervoso, não é?"
"Hmm, não muito. Talvez agora por causa do doutoramento."

Não sei o que quis dizer, mas talvez venha à baila a mesma história da relação dele com os pais. Talvez seja mais nervoso em casa do que quando está comigo. Bem, comigo ele nem é nervoso, só mesmo nesta altura por causa do tanto trabalho que tem. Vou tirar as dúvidas se um dia for a casa dele.

25 junho, 2015

PICCOLO

Nossa,  há tanto tempo que não venho aqui.
E não há grande coisa a dizer, à parte a busca intensa de trabalho e o stress de esperar por respostas que não chegam.

Vou falar um bocadinho do piccolo. Estamos bem. Amanhã até vamos à exposição de Milão e ficamos lá o fim de semana. Acho que é a primeira vez que vou andar de avião com ele. Afinal não acho. É mesmo a primeira vez. 
Mas tenho medo que a nossa relação esteja a cair na rotina. Não vivemos juntos mas às vezes parece. E às vezes dou por nós concentrados na tecnologia. Cada um com o seu telemóvel, Ipad ou computador, no mesmo espaço da casa, e não conversamos. Já lhe disse uma vez que quando estivermos juntos, a tecnologia não entra. Tenho de levar isso mais a sério. 
Além disso, sinto falta daqueles primeiros tempos, quando nos conhecemos e tudo era mágico. A forma como ele me olhava. Havia tanto amor naquele olhar. A forma como me dava carinho. Os abraços que me dava a toda a hora. As coisas bonitas que me dizia. Era tão lindo! E lembro-me de pensar que só podia estar a viver um sonho e que não podia pedir mais que isso. Agora isso já não acontece. A rotina, lá está! Também sei que se lhe falar, ele vai mudar e tentar ser o príncipe que era antes. 
A tese que ele está a fazer ocupa-lhe muito tempo e sei que pode servir de desculpa. Compreendo-o. Mas é aquela coisa, não sei. Sinto que sou eu que o elogio em tudo e acho que ele se habituou um bocado a isso.

13 maio, 2015

BIG BANG THEORY 22






Temporada 8, Episódio 24




À espera da próxima temporada


12 maio, 2015

DIGAMOS, A ELEGÂNCIA

E se ontem a menina que vou buscar à escola me disse "Oh, tu és magra" (que me pareceu um pensamento em voz alta porque continuou a explicar-me como se joga ao yoyo), hoje uma menina da escola onde sou animadora pergunta-me "Tu tens um bebé na tua barriga?"

E pronto, só para dizer que o tipo de roupa que usamos muda-nos muito. Tanto podemos estar elegantes, como parecermos lindas futuras mamãs. Mas mesmo assim, estou muito bonita hoje =)

11 maio, 2015

E PARABÉNS PARA MIM

Foi há dois dias atrás.
Foi um dia tão igual aos outros. Houve momentos que até me esqueci que era o tal dia. O príncipe deu-me duas camisolas da Desigual e um jantar no restaurante português. Esperava mais dele. é tão romântico, blablabla, que pensei que iam sair surpresas atrás de surpresas. Mas pronto. Pode ser que para a próxima seja diferente.
O problema é que há um dia atrás, ou seja, ontem, o rapaz desiludiu-me. Não é bem esta a palavra. O problema é o seguinte. De vez em quando o rapaz anda calado. Ou então anda sempre e eu não me apercebo porque falo, falo, e nem dou conta. Mas ontem lá estava mais caladita e o rapaz não abria a boca. "Que tens, que tens". "Nada", ou "Tou triste porque sinto-me velho".
Não liguei. Já lhe disse que gosto das brancas dele.
Ainda por cima fomos passear até um parque que quando lá chegamos era um conjunto de relva mal aparada. E ainda por cima numa cidade que não tem nada. Fez-me lembrar aqueles casais que moram ali ao lado e que vão passear para lá ao domingo. Que domingo triste!
Chegamos a casa e disparei: Anda lá. Fala lá um bocadinho. Quero-te ouvir. Conta-me coisas.
Continuava sem falar, respondendo um "hmm" que não percebia se era de consentimento ou se não tinha percebido o que tinha dito. Não falou e passou 4 horas com o Ipad na mão. Respirei fundo para não me chatear mas perguntava-me o porquê dele estar ali comigo se afinal era só o corpo presente.

Entretanto lá começou a falar que soube que um colega dele ia ser pai, que estava a ficar velho, que isso tudo o assustava.
"Tens medo de envelhecer? Isso são os jovens. Não os adultos. E já te disse que gostas dos teus cabelos brancos"
Blablabla começa a chorar.
Uf!
Não me deixei levar pelas suas lágrimas e disse-lhe que isso não era razão para estar assim. Acabei por lhe dizer também que ele me deixava muito triste por nunca falar comigo. Ele contradisse-me e eu disse-lhe que as brincadeiras e piadas que ele conta não valem. Que não sabia nada dele porque ele nunca contava nada. Não respondeu.

O assunto mudou e tudo ficou bem. Mas hoje, ao pensar nisso, sinto que há ali mais qualquer coisa. E estou insegura. Triste. Com o coração apertado. Pergunto-me, mais uma vez, se este investimento vale a pena.

=(

04 maio, 2015

PARABÉNS PRÍNCIPE

E os anos do meu príncipe já passaram. E não pude vir atualizar o blog mais cedo.
Então assim resumidamente, oferecei-lhe o primeiro presente à meia noite: um polo (falta de originalidade). Ofereci-lhe o segundo no dia seguinte de manhã: uma caneca personalizada feita por mim e o bolo de morango também feito por mim. Para quem tinha deitado um bolo inteiro fora no dia antes, este até estava bom =)
Ofereci-lhe o terceiro presente nesse dia à noite. Estava cheia de vergonha e o meu coração batia a 100 à hora. Até ele notou. Mas compensou. Depois disse-me: adorei o presente de aniversário.
Claro que se referia ao terceiro. Estava-se nas tintas para os outros ;)

Durante o dia fomos até uma abadia no norte de Paris (leia-se com sotaque americano) Foi uma tarde simples até porque estava frio e ainda caíram umas pingas. Mas foi bom. Estar com ele é sempre bom,
O resto do fim de semana estivemos (quase) sempre juntinhos (tive explicações no sábado). No domingo fomos ao mercado comprar peixe para o almoço e vieiras para o jantar (aHa, quem sabe o que são vieiras? Eu não sabia o nome dessas conchinhas de Santiago de Compostela). Delicioso, mas mesmo delicioso. Vou-me casar com este homem. Não, não é porque ele cozinha bem mas disse-o vários vezes. Apesar de eu não ser nenhuma mestre de cozinha, põe a minha comida 50 vezes abaixo de zero. 
Disse-lhe que o amava. E adoro dizê-lo. É um alívio. Como se a partir daquelas palavras tudo fica bem. Adoro! Adoro ele. Adoro estar com ele. Pronto, já estou a divagar.

E com isto vou criar uma nova página no blog com as coisas bonitas que ele faz, as atitudes que eu gosto nele e as coisas que gosto de ouvir. 
Por exemplo, fico com muitos ciúmes de outras mulheres mas depois de falarmos ele dá-me tanta confiança que não dá para desconfiar. "Porque é que tens esses fantasmas na cabeça?" Disse-me ele no domingo.

E adoro-o, pronto! 

15 abril, 2015

O-OMA

E continuo a dizer que o amo enquanto ele dorme. E na minha cabeça quando o observo. Ainda não saiu nada desta boca. Medo e insegurança. Mas há-se sair. Mesmo que venha a sofrer.

13 abril, 2015

EXS

Estou mal. Muito mal. Isto das exs é sempre um problema. Quer dizer, é? Porque nunca tive experiência. É o que dizem, bah!

29 março, 2015

BIG BANG THEORY 21



Temporada 7, Episódio 22



E num domingo chuvoso , ainda por cima sem o meu pequeno, deixo esta.
Vamos lá ver como me vou safar sozinha.

26 março, 2015

BIG BANG THEORY 20




Temporada 7, Episódio 21

25 março, 2015

O MEU PRÍNCIPE

Porque ele é um príncipe. Ontem provou-o em muitas situações.

Comecemos pelo princípio. Uma curiosidade. Não sei o que estava a fazer no dia 24 de março de 2014 (provavelmente no trabalho) mas no dia 24 de março de 2013 estava em Valência e passei o dia na cama (sei porque é o aniversário de Chang). 

Dois anos depois igual: passo a tarde e a noite toda na cama. Só que desta vez com dores. E tudo porque quis mostrar o meu lado bom de animadora que sou e saltar à corda na escola. Dei um jeito no pescoço e nas costas que até vi estrelas. Fui sentar-me e apercebi-me que não era passageiro. Estava como que bloqueada. Tinha de virar a cabeça com a mão porque não conseguia fazê-lo de outra maneira. Fiquei a pensar se não tinha nada partido porque a cabeça tombava para a frente. E umas dores enormes. Ainda me queixei (desabafo) a uma outra animadora mas as pessoas aqui são tão queridas que ela só falava na hora de ir embora e que tem estado mais frio. E que o miúdo autista bateu a uma miúda. Enfim. Faltavam uns vinte minutos para me vir embora que pareceram horas. Vim para casa de autocarro e um pouco a pé, ainda hoje sem saber como. Que dores! E para me levantar do autocarro. Como as velhas. Nem sei como. Ainda na escola queixei-me ao A. 

Entrei em casa e cama. Nem pijama meti. Só tirei as botas e pimba. Não me conseguia mexer. Passei lá a tarde toda. Queria ao menos ver uma série mas não me conseguia levantar. Aproveitei para ligar a toda a gente. Li um bocado mas a posição não era a melhor. Bref!

À noite o meu pequeno vem ter comigo e foram só miminhos.
Ia começar a cozinhar (porque eu não era capaz) quando me ouviu a queixar sozinha. Não me deixou mais. Dizia que não ia para a cozinha se eu estivesse mal. Trouxe-me uma pomada para as dores musculares. Esfregou-a nas minhas costas. Fez umas massagens leves nas costas. Ajudou-me a sair da cama. Ajudou-me a mudar de posição. Pôs-me água quente nas costas. Queria ajudar-me a comer (mas aí não foi preciso). Um príncipe que eu tenho.

Depois o problema era outro. Precisava de ir a Paris levantar o diploma de língua até ao final da semana e não tinha condições para isso. Ele disponibilizou-se a ir de metro no dia seguinte (mesmo se não percebe nada de metro) e voltar a minha casa para pegar no carro e ir para o trabalho. Andou perdido nas linhas do metro, como eu já previa.

À noite antes de dormir, tira tudo que estava em cima do sofá. "Que tás a fazer? Deixa isso agora." Ele continua, senta-se no safá e põe o edredon por cima dele. Comecei-me a rir. "Não vais dormir aí?! tás a brincar!"
"Ah e tal porque tens muitas dores, porque não te consegues mexer, porque não vais dormir confortável."
"Exatamente por isso. Não me consigo mexer. Deito-me assim e não me mexo mais. Anda lá, anda para aqui."
Deixou de responder. Apagou a luz e disse-me boa noite. Chorei! Chorei! Como é lindo. Dormiu sentado!!!!!!! Sentado, o meu pequeno.
Dormi super mal. Virava-me para um lado, Virava-me para o outro. De costas, De barriga. E tudo isto em câmara lenta e com dores. A meio da noite meti os tampões nos ouvidos porque o relógio me estava a irritar. De manhã ele acorda, sai de casa e eu não me apercebo de nada. Benditos tampões.

Hoje vem-me dar um beijinho e amanhã vai para Itália por 10 dias. Já estou com saudades.

Para lhe agradecer (porque me sinto um pouco desconfortável com tudo o que fez por mim) comprei uns pastéis de nata, que eu sei que ele gosta, e uma bola de berlim. Agora é só esperar que ele chegue.

Eu sei, isto é só 10% do agradecimento.

18 março, 2015

UM SÓ SENTIMENTO

Particularmente triste nos últimos dias, ou mesmo semanas. E se penso muito nisso choro, por isso nem vou pensar.

Na semana passada passei-me com uma miúda na cantina da escola, agarrei-a pelo braço e empurrei-a contra a parede, de tão mal educada que ela é. Começou a dizer que eu lhe bati, não sei quê, ... Vi a minha vida a andar para trás. Ainda por cima por ser uma rapariga que não se deixa ficar. Não lhe bati mas toquei-lhe. E no mundo atual, fazer isso numa escola é caso para ir para a televisão e ser despedida a seguir com direito a não trabalhar mais nas escolas. Tentei falar com ela mas recusou. Fui falar com a diretora e, ufa!, ela livrou-me. Defendeu-me e disse que não exagerei em nada. Que sabe que há sempre problemas com ela. Toma lá para aprenderes (árabe de merda).

Insegura em relação ao meu pequeno (como sempre). Medo que um dia tenha de ser obrigada a esquecê-lo. Isso sim, é um dos maiores motivos que me faz ficar muito triste. E o facto de saber que ele troca emails com a ex dele também não ajuda. Tenho de falar com ele sobre isto ou as minhas noites de sono não vão ser as mesmas.

Não tenho trabalho fixo e canso-me mais do que se tivesse. Andar de um lado para outro, muda de linha aqui, muda de metro ali, entra no autocarro acolá esgota-me.

Não tenho amigos aqui. A única pessoa que tenho é mesmo o meu homem. (a família e a colega de casa não contam). E sim, amizade é mais importante que amor. Concluí isto em Valência, quando estava rodeada de amigos.

E pronto, é isto que me faz sentir triste. Já é muita coisa.

20 fevereiro, 2015

ANJOS

E só ao final de mais ou menos 15 anos é que eu me apercebi que esta é uma versão Britney Spears portuguesa e no masculino. 
Não?



19 fevereiro, 2015

OS 100 ITENS (10)

13. Doar coisas para caridade.
Claro que sim. e aprendi com a mamã. 
Quando era pequena, andava na escola com umas meninas que eram muuuuito pobres. Era um bando irmãs e houve um ano que três delas se conseguiram juntar todas no mesmo ano, tão boas alunas que eram. Bah, o problema é que na casa dela não havia amor, conversa, comida nem higiene. De vez em quando a mamã lá me dava o recado para que elas passassem por casa para ir buscar umas coisas. Dava-lhes bolachas Maria, cebolas, arroz, batatas, ... E eu adorava fazer parte dessa caridade. Sentia-me super importante.
Com o passar dos anos fui doando a roupa que já não usava àqueles vizinho(a)s que precisavam mais do que eu.

Atualmente não dou nada porque acho que as pessoas são umas esquisitas armadas em ricas e não querem. Já eu aceito toda a roupinha. Fico toda contente quando alguém me dá roupa usada (apesar de não haver muita gente a dar-me). E ainda tenho algumas peças em segunda mão no armário que me deram há uns anos.

16 fevereiro, 2015

BIG BANG THEORY 19







Temporada 6, Episódio 24

15 fevereiro, 2015

S. VALENTIM

Tive direito a um jantar todo romântico feito por ele, uma rosa quase do meu tamanho, um colar (destes da moda todo colorido e muito bonito) e um bilhete que me fez chorar.

13 fevereiro, 2015

SE NÃO É O AMOR, NÃO SEI O QUE É!

Já se passou uma semana e dois dias e só agora consigo escrever sobre isto. (Pelo menos sem chorar. Não me estava a apetecer chorar baba e ranho ao escrever este post)
Quarta de manhã, dia 4 de fevereiro, recebo um email da CEPE a dizer que fui selecionada para dar aulas de Português em Zimbabwe. O A. tinha saído há pouco de casa e eu estava a arranjar-me para sair também quando li o email.
Era a 4ª da lista, o que significa que os três primeiros recusaram a oferta. Já nem sei bem o que senti, mas uma mistura de tudo. Contente, por finalmente ser selecionada por este programa e por ir para África (sonho que ainda persiste). Triste por saber que isto implicaria estar longe dele e sem saber o que aconteceria à relação (depois de tudo o que fiz para estar ao pé dele é um pouco frustante abandonar tudo).

Saio de casa e mando-lhe uma mensagem para me ligar. Liga-me, estava eu no metro, e explico-lhe a situação. Disse-me que eu devia decidir e que podíamos falar nesse dia à noite. Combinamos que eu iria a casa dele para falarmos sobre o assunto. E foi aqui que começou o choro. Chorei que me fartei. Mesmo assim, pensei que amor é uma coisa e trabalho é outra. E não se trata de um voluntariado. Trata-se da minha área de estudos e, mais do que isso, de um trabalho que não tenho neste momento. Pensei que, apesar de tudo, aceitaria. O contrato é de dez meses e, disse-me o senhor ao telefone, posso despedir-me se arranjar outra coisa. Vou aceitar. Entretanto manda-me uma mensagem a dizer blabla tem em conta o impacto que isso trará para a tua vida blablabla que me pôs ainda mais a chorar.

Fui dar as explicações e, disfarçando, também chorei lá.
"Não posso recusar" pensava. Ainda por cima era a segunda vez que me ligavam de África do Sul. A 1ª vez foi em 2011 e não fui selecionada por falta de provas do domínio de inglês. Com tudo que é necessário, vou recusar???

À noite fui ter com ele a casa e quando o vi a boca ficou seca. Não saía uma única palavra. E se saísse era para chorar. E eu não queria. 
Ele não tirava os olhos de mim sem dizer nada.
- Pára de olhar para mim.
- Então?, pergunta-me
- Então quê?
- Que decidiste?
- Ainda não decidi. Tenho até amanhã às 11h.

Foi tomar banho e levou música com ele. Coisa que não é normal.

Abraçamo-nos e as lágrimas começaram a cair. Perguntei-lhe o que deveria fazer. Respondeu-me que eu não lhe podia fazer essa pergunta. Perguntei-lhe o que faria no meu lugar. Respondeu-me... já nem sei. Respostas abstratas, bah.

Jantamos e valeu-nos o colega de casa dele e a namorada para falarem e acalmarem um pouco as coisas (sem saberem de nada).

Antes de dormirmos voltei a falar disso. Disse-me que quando estivemos longe as coisas não foram fáceis. Disse-lhe que estivemos longe sem saber quando íamos estar perto. Neste caso é por um tempo determinado. Concordou.
Falei-lhe também sobre o que seria de nós daqui a 3 anos (fim do seu período em França) e tentou mudar de conversa dizendo que o que interessava nesse momento era a minha ida para Zimbabwe.
- Não!
Disse-me que daqui a 3 anos não sabia sequer se iríamos estar juntos.
- Como? Como é que podes dizer isso? Tu achas que eu gosto de França? Se não fosse por causa de ti eu não teria vindo. 
Acabei por lhe dizer que a única coisa que eu queria saber era se valia a pena recusar a oferta para ficar perto dele. E foi aqui que ele chorou como um bebé encostado a mim. Nunca vi. Que teve direito a soluços e tudo. Perguntei-me se haveria mais algum motivo para o choro.

Devo dizer que me magoou muito ouvir essas palavras. Sim, acabei por recusar a oferta e jurei que nunca me iria arrepender, nem que tivesse de dizer que recusei porque é muito longe e ia estar muito tempo sem ver a família.

Dormimos. No dia seguinte não pensei noutra coisa. E continuei a chorar. Pensar que ele era o homem da minha vida e de repente oiço isso? Não! Dxani, não deixes que te façam isso.
Comecei a mentalizar-me disso e pensei: bah, afinal não tenho nenhum relacionamento sério. Não tenho que enviar mensagens ao meu namorado durante o dia porque... afinal não é nada sério. Não tenho que lhe desejar boa noite porque ... afinal não é nada serio. Numa próxima oportunidade de emprego no estrangeiro, não tenho que refletir porque ... afinal não é nada sério. Acabou. C'est fini! E não lhe mandei mensagens nesse dia.

Curioso que ele me mandou mensagens um tanto ou quanto mais queridas do que o habitual.
Voltamos a ver-nos no sábado seguinte e não tocamos no assunto. (entretanto soube que a 5ª pessoa da lista aceitou). 

E decidi que, se afinal não é nada sério, toca a fazer alguma coisa para ver se conheces gente e não sais sempre com o namorado (que até gosto bastante).

As coisas agora estão bem melhores. Diria até que estão muito bem, Como no início do namoro. Cheira-me até que amanhã vai ser um dia especial, Jantar romântico em casa. E como se eu não o conhecesse, já estou a ver a casa cheia de flores e velinhas (tou a brincar, bah. mas não deve andar muito longe)


E pronto, escrevi o post sem problemas nenhuns e sem choros.




Esqueci-me de dizer que no dia seguinte saí de casa dele e apanhei o metro para ir para o trabalho. Estava tão drograda, tão apática com tudo que paguei uma multa por causa do passe não cobrir todas as zonas por onde eu passava. nem reclamei, nem me fiz de sonsa "ai e tal eu não sabia", nada. 30€? Só? Faz favor, cartão multibanco.

30 janeiro, 2015

DESENHOS ANIMADOS

Eu sei, eu sei. A música já não é recente e todos estão fartos de a ouvir passar na rádio.
Mas eu só a conheci no Natal. (E pelos vistos já tem 2 anos. Shame on me)


Mas gosto muito. E hoje apetece-me ouvir e reouvir. Já que o príncipe me deu folga hoje (amigo de visita)

E digam lá se a melhor parte não é no minuto 2:25
('',)

26 janeiro, 2015

CEPE E COISAS ESTRANHAS

Ontem vi as listas dos professores selecionados para África do Sul, Namíbia e Suazilândia. Foram 13 os professores do 1º ciclo que ficaram selecionados e eu fiquei em quarto lugar. Nada mau. Nada mau, mesmo. Apesar da minha classificação não ter sido muito boa. Só havia uma vaga por isso, se a 1ª pessoa da lista aceitar o posto, não há nada para mim. No entanto, fiquei contente. Deu para ter uma noção da minha classificação e, mais do que isso, que não tenho motivos para ser excluída da candidatura. Se as 3 primeiras pessoas não aceitarem o posto, é a mim que me calha. Sinceramente não sei se quero. Por um lado é o namorado que não quero deixar, por outro é o trabalho de sonho. Aiiii, como é tão difícil de fazer este tipo de decisões. Não há nenhuma frase daquelas "feitas" com algum ensinamento que venha mesmo a calhar para a minha situação? Dava jeito.

Outra coisa. Hoje a minha "patroa" do trabalho de babysitter deu-me folga. Como ela estava em casa, ela não precisava de mim. E isto a ganhar na mesma, é uma maravilha. Mas adiante.
Vinha pelo caminho para casa e a certa altura sinto alguma coisa que me toca de raspão nas costas. Perdida nos meus pensamentos, olho para trás, só naquela, para ver se vejo alguma coisa. Está um rapaz, alto, bem alto, negro, que me diz: Alguém atirou alguma coisa dali.
Só para ter a certeza pergunto-lhe:
- Como?
- Alguém daquela casa atirou alguma coisa.
- Ah ok. 
Tipo, cara de parva, a minha,
Atirou? O quê? Porquê? Oh bairro de me***, este. Fiquei logo a pensar que coisa alguém podia atirar e coisas menos bem cheirosas passaram-me pela cabeça. Arrrrgh. Quero chegar a casa depressa para ver se o meu casaco está limpo. Estava. Mas que foi estranho, foi.

Sim, porque na sexta passada alguém que caminhava atrás de mim acelera o passo e abraça-me por cima do ombro. Assusto-me, pensando que podia ser o namorado, mas essa ideia passou-me logo. Aquela forma de pôr o braço não era a mesma. E era um braço mais pesado. Olhei, e o rapaz, estranhamente negro também, pede-me imediatamente desculpa, dizendo que pensava que era a sua namorada. Oh, sorte! A sério?
- Não faz mal. - digo-lhe eu.
What a fuck?! penso eu em voz alta.
Isto acontece-me cada coisa. O rapaz lá se foi embroa sempre a pedir desculpa.

Depois fiquei a pensar se sou realmente parecida com a sua namorada de costas. E o andar? E as roupas? É tudo igual. Oh sorte (outra vez)!

25 janeiro, 2015

A VIDA DE EMIGRANTE

Tenho 105 € (e uns cêntimos) na conta e menos de 0.20€ na carteira. Acho que nunca me senti tão pobre.
Vou ter dinheiro para pagar a renda no início de fevereiro? Vou, se todos os meus empregadores me pagarem antes do fim do mês.



Atenção: dei estes pormenores de dinheiro porque supostamente este é um blog anónimo. E mais do que isso, este é um blog sem leitores (ou leitores dos mais variados países, excluindo Portugal).

07 janeiro, 2015

BIG BANG THEORY 18






Temporada 6, Episódio 9


Já não metia cá disto há duas temporadas

04 janeiro, 2015

E O ANO DE 2014 FOI...

...o pior da minha vida.
Nem o ano após terminar o curso conseguiu ser tão mau.
Chorei, chorei. O ano em que mais chorei. 

E foi logo em janeiro. Estava a estagiar em Chambéry e não fosse eu prolongar o período de assistência, o contrato terminaria no dia 12. Pensei muitas vezes o porquê de o prolongar. Ia para a escola e servia para nada. Dava 2 ou 4h de aulas por semana e o resto das horas assistia simplesmente às aulas. Falei com a diretora, consegui reduzir um pouco ao meu horário (já que não ia para a escola fazer nada) e comecei a dar aulas também de inglês. A coisa melhorou. 

Fevereiro até foi mais ou menos. Também é mais curtinho. Mês da visita dos primos e mês de ir para a neve.

Março. Ainda não era contagem decrescente da minha estadia nessa cidade mas já começava a pensar o que fazer depois. Afinal apercebi-me de que gostava mesmo do A.

Abril. Chorar todos os dias. Aqui já era a contagem decrescente. Estive todos os dias com o namorado e, fora uma ou duas noites, dormimos sempre juntos. Lembro-me de rir de felicidade quando o abraçava que se transformava de imediato em choro. Final do mês decidimos continuar à distância.

Maio. Para quem estava habituada a estar todos os dias com ele, não o ver (e mesmo ouvir) durante dias foi horrível. Consequência? A Dxani chorava de manhã até à noite. Final do mês não aguentei e disse que queria parar com a relação. Estava à espera que ele contradissesse mas não o fez. Até porque eu disse-lhe decidida que queria terminar. O rapaz não teve escolha. Mesmo assim continuamos a falar como dois namorados. As únicas coisas que não dizíamos era "tenho saudades tuas" e "gosto de ti".

Junho. O mês em que não tive namorado mas reagia como se tivesse. Contava-lhe o meu dia. Ele contava-me o dia dele. Final do mês (mesmo mesmo no final) ele foi a Portugal. Pronto. Fizemos as pazes. Uma semana feliz. Outra vez namorados.

Julho. Mais uma mês de degredo. Não tinha muita coisa para fazer. Ainda dei umas explicações. Tirei o CAPPLE no Porto. Final do mês o tio que está em Paris arranjou uma cunha e fui a uma entrevista. Fiquei. Comecei a trabalhar 2 dias depois.

Agosto. Supostamente podia estar com o meu pequeno mais vezes visto que estávamos na mesma cidade. Mas não foi isso que aconteceu. Como estava a viver em casa dos tios, a liberdade acabou-se. Final do trabalho, casa. Ao domingo? Podia mas esse dia é para estar em família e em casa. Propus sair? Sim, mas percebi que não gostavam da ideia. Ainda fui uma vez com o primo mas senti que foi só para me fazer a vontade. Deixei de pedir e a viver enclausurada. Os tios foram a Portugal a meio do mês e aí aproveitei para estar o máximo de tempo com ele. Até porque depois mudei de casa e a liberdade era outra. Estive algumas vezes mas sentia-o distante. Pensava se ele gostava da ideia de eu ter ido ter com ele.

Setembro. Quando achava que o meu trabalho era assim-assim, neste mês tive a certeza que odiava. Mas o que podia eu fazer? Precisava de dinheiro. Quase chorei quando a gerente me disse que não podia tirar férias no Natal. Depois chorei que me fartei em casa. Trabalhar em algo que não gosto e impedirem-me de estar com a minha família numa altura que adoro. Ficar completamente sozinha em Paris? Mas o que é que estou aqui a fazer? No início do mês saíram candidaturas para a minha área para a zona do país. Como não tinha net, não vi e os prazos passaram. Toca a chorar como uma desesperada outra vez.

Outubro. Fartinha daquele trabalho. Procuro por todo o lado na minha área. Não encontro, claro. Logo no início do mês dizem-me que não me vão renovar o contrato e que só trabalho até ao final do mês. Ia-me dando uma coisinha má. Não gostava de trabalhar lá mas ficar sem emprego era pior. Comecei a mexer-me a sério e arranjei um estágio como professora suplente. Só precisava de passar no estágio para poder ser professora (uma vez que já tinha os diplomas necessários). Avisei que sairia mais cedo do que o previsto porque tinha arranjado na minha área. Passei no estagio. Entretanto foram férias escolares e só me restava esperar.

Novembro. Início das aulas novamente. Toda contente espero que me telefonem na segunda e nada. Até me levantei às 6h da manhã para ter tempo de me preparar e chegar a tempo à escola. Nadinha de nada. Terça igual. Telefono e dizem-me que tenho de esperar. Que nem sempre têm substituições. Percebi que não podia contar com eles e comecei a procurar por outros lados. Entrego currículos em tudo que é escolas privadas no centro de Paris. Meio do mês de novembro e sem trabalhar. Casa para pagar, alimentação. Muita pressão da mamã e da irmã, que tenho de procurar mais, que não posso querer trabalhar só na minha área, blablabla. Choro até de choro. A meio do mês arranjo trabalho como babysitter. Vou buscar uma menina à escola e aguardo em casa dela até a mãe chegar. Começo a ficar um pouco mais contente. O mês já não ia passar em branco. Ponho anúncio na net para explicações de português. Final do mês ligam para explicações de português e de uma escola em Paris. Entrada imediata. Cinco meninos para explicações. Uma vez por semana na escola. Fico contente. Finalmente na área.

Dezembro. Começo na tal escola. Gosto. Apesar de ser muito cansativo. Trabalhar noutra língua também não é fácil. Arranjo mais uma pessoa para explicações de português e desta vez a ganhar mais. Ganho um pouco mais mas nem chega ao ordenado mínimo. Pergunto-me se vale a pena o esforço. Choro. Ainda não tenho amigos. e pelo que vejo não vou ter. Fico ansiosa por ir a Portugal no Natal. Chego a Portugal e é a alegria. Toda a gente me fala de lugares que procuram professores de línguas (querem-me ver cá?). Pergunto-me também o que vou fazer para as franças. As duas semanas passaram a correr. Mas verdadeiramente a correr. nem tive tempo de estar com toda a gente.

Janeiro 2015. Hora da despedida. Choro mais uma vez. Não quero ir. Só tenho lá o namorado e não sei se é motivo suficiente para ir. ainda por cima a viagem é de carro, o que dá tempo para pensar em tudo. E chorar, chorar. Não gosto dos tios.

Agora já estou na minha casinha. Vejo que o frigorífico está vazio mas a conta ainda não está recheada. Primeiro a senhoria. Hoje o pequeno chega. Vamos ver. Ele não sabe desta minha sensação. De não gostar de estar cá. De olhar à volta e senti-me uma desconhecida. (bah, sabe que não gosto disto, mas não sabe que é desta maneira tão profunda)

E pronto, gostava de ter escrito posts durante as férias de natal mas nem tempo tive de me pôr em frente ao computador. De qualquer das maneiras, correu tudo muito bem. Como todos os anos!

Não, este ano não vou passar o mesmo que no ano passado. Isto vai dar uma volta....