26 janeiro, 2015

CEPE E COISAS ESTRANHAS

Ontem vi as listas dos professores selecionados para África do Sul, Namíbia e Suazilândia. Foram 13 os professores do 1º ciclo que ficaram selecionados e eu fiquei em quarto lugar. Nada mau. Nada mau, mesmo. Apesar da minha classificação não ter sido muito boa. Só havia uma vaga por isso, se a 1ª pessoa da lista aceitar o posto, não há nada para mim. No entanto, fiquei contente. Deu para ter uma noção da minha classificação e, mais do que isso, que não tenho motivos para ser excluída da candidatura. Se as 3 primeiras pessoas não aceitarem o posto, é a mim que me calha. Sinceramente não sei se quero. Por um lado é o namorado que não quero deixar, por outro é o trabalho de sonho. Aiiii, como é tão difícil de fazer este tipo de decisões. Não há nenhuma frase daquelas "feitas" com algum ensinamento que venha mesmo a calhar para a minha situação? Dava jeito.

Outra coisa. Hoje a minha "patroa" do trabalho de babysitter deu-me folga. Como ela estava em casa, ela não precisava de mim. E isto a ganhar na mesma, é uma maravilha. Mas adiante.
Vinha pelo caminho para casa e a certa altura sinto alguma coisa que me toca de raspão nas costas. Perdida nos meus pensamentos, olho para trás, só naquela, para ver se vejo alguma coisa. Está um rapaz, alto, bem alto, negro, que me diz: Alguém atirou alguma coisa dali.
Só para ter a certeza pergunto-lhe:
- Como?
- Alguém daquela casa atirou alguma coisa.
- Ah ok. 
Tipo, cara de parva, a minha,
Atirou? O quê? Porquê? Oh bairro de me***, este. Fiquei logo a pensar que coisa alguém podia atirar e coisas menos bem cheirosas passaram-me pela cabeça. Arrrrgh. Quero chegar a casa depressa para ver se o meu casaco está limpo. Estava. Mas que foi estranho, foi.

Sim, porque na sexta passada alguém que caminhava atrás de mim acelera o passo e abraça-me por cima do ombro. Assusto-me, pensando que podia ser o namorado, mas essa ideia passou-me logo. Aquela forma de pôr o braço não era a mesma. E era um braço mais pesado. Olhei, e o rapaz, estranhamente negro também, pede-me imediatamente desculpa, dizendo que pensava que era a sua namorada. Oh, sorte! A sério?
- Não faz mal. - digo-lhe eu.
What a fuck?! penso eu em voz alta.
Isto acontece-me cada coisa. O rapaz lá se foi embroa sempre a pedir desculpa.

Depois fiquei a pensar se sou realmente parecida com a sua namorada de costas. E o andar? E as roupas? É tudo igual. Oh sorte (outra vez)!