11 fevereiro, 2013

IR A ROMA E NÃO VER O PAPA?

Sim, não vi e pelos vistos por 15 minutos. Parece que veio à janela às 12h e eu cheguei lá ontem às 12h15m. Fiquei triste.
E depois de ver a notícia da sua demissão (que ainda não li muito sobre o assunto) penso: "Não viste nem voltas a ver." Mas também pensei: "Pelo menos tive o privilégio de pisar o Vaticano no último dia do seu emprego (chamo-lhe assim porque só se demite quem tem emprego).

Mas falemos da viagem. Acabei por não ir a Napoli porque achámos que dois dias em Roma não era suficiente.
Numa das noites fiquei de tal forma indisposta que vomitei-que-se-farta. E no dia seguinte a mesma coisa com apenas cheiros e ambientes mais abafados. Muito estranho e.... diga-se de passagem... foi a primeira vez que vomitei sóbria. Desconfiei de uma massa que tinha comido mas depois disseram-me que andava virose por Roma. Enfim, enjoos, cansaço, sono e estômago a dar-me pontapés. Por momentos ainda pensei noutra coisa.

Acho que a  frase que mais disse foi: as pessoas em Itália atropelam.
E isto porque há regras para se circular nesta cidade (desconheço nas outras). 
Passo a explicar:
- um condutor, quer seja de mota ou de carro, nunca (repito, nunca) deve parar numa passadeira para deixar passar os peões, exceto se estes já tiverem iniciado o percurso.
- um peão nunca (repito, nunca) deve esperar que um veículo a motor páre para o deixar passar na passadeira porque isso nunca vai acontecer. O peão deve começar a caminhada e rezar para que o condutor até esteja bem disposto. Se possível, correr em vez de caminhar.

O dono do hostel onde ficámos era brasileiro e emborrachava-se todos os dias (falo literalmente). Além disso, havia gente no hostel que dava a sensação de viver ali (sócios ou empregados do dono) mas bastaaaante estranhos. Nem vou alargar este assunto.

Tenho para comigo que os italianos em geral são simpáticos mas há exceções, obviamente. 
Então não é que num dia de manhã vamos para o metro e a C. vai comprar uma garrafa de água às máquinas com comida e bebida e esta fica encravada. Nem para trás nem para a frente. Eu dirigi-me a um segurança que estava por ali a falar com um senhor que não sei se era segurança também e expliquei-lhe o caso (em inglês). Ele olha para mim com cara de parvo e diz algo ao senhor com cara ainda de mais parvo. Tipo: O que é que ele está para ali a dizer?
Pedi-lhe para vir comigo e ele acompanhou-me. Viu a garrafa encravada e deu um encontrão na máquina. A garrafa não se mexeu. Depois apontou para um número de telefone que lá tem e disse algo que suponho que tenha sido para ligar para lá. Não disse uma única palavra em inglês nem fez um único esforço. Virou costas e foi para o mesmo lugar onde estava. 
Fico fula com estas coisas. Então disse: Fuck you.
Ok, eu sei que não devia ter dito isto mas não suporto estas antipatias. E sim, acho que ele ouviu mas ignorou.
Depois os meus amigos dizem-me: És muito nervosa.
Não sei se é o adjetivo mais adequado mas aceito. O que não aceito é que no final do dia tenha passado lá novamente e já lá não estava a garrafa. Custa-me a acreditar que o segurança não tenha uma chave para abrir essas máquinas.

Fui à Fontana de Trevi e pedi um desejo. Resta-me esperar que ele se realize. Quero tanto ('',)



E acho que é este o resumo da viagem.