14 agosto, 2012

SONAMBULISMO

...é uma cena que me assiste.
Mas já  há muito que estava adormecido.
Esta noite foi uma festa cá em casa.

Não me lembro se abri os olhos no sonho que estava a ter ou se realmente abri os olhos. Eu sei é que vi um bicharoco que ocupava todo o teto do quarto com o mesmo corpo de um escorpião só ainda mais feio e assustador.
Supostamente ia-me comer e tapei a cabeça com o lençol.
Pero, raciocinei e percebi que me comeria na mesma.
E é aqui que começa a festa. Levanto-me a toda a velocidade, dou um grito (tão alto que não sei como tive força para isso) e fujo para a sala. Diga-se que no momento em que me levanto penso que não vou ter tempo de chegar à porta do quarto sem que o animal que apanhe.

Chego à sala e é aqui que eu caio na realidade. Oh madre. O que é que eu estou aqui a fazer?
Vou ao corredor e encosto-me à parede para recuperar do susto. Nesse momento vejo o papá a sair do quarto e penso: Wow, que pontaria. Saiu quando eu mais precisava.
Pergunto-lhe o que estava ali a fazer. Ele retribui a pergunta ao qual eu respondo: nada.
Eu sou um espetáculo. Sempre com respostas fantásticas na ponta da língua.
Mas, porém, contudo e todavia, antes de entrar no quarto acendo e luz e fico algum tempo a analisá-lo para me certificar de que está tudo bem.
Deito-me e adormeço que nem um pato.

Hoje de manhã lembrava-me disto tudo exceto da resposta fantástica que dei ao papá.
E eu a pensar que já tinha tido pesadelos.

Nota: Soube hoje que, pelos vistos, ao sair do quarto fiz um estrondo com a porta. Devo ter ido contra ela.
Nota 1: Apesar de me lembrar disto não deixa de ser sonambulismo, pois são reações que, no meu perfeito juízo, eu não teria.