03 janeiro, 2011

Preservativos? Why Not?

Foram 3 os clientes premiados do dia. Todos eles com o mesmo tema e quase seguidos: comprar preservativos. Pois claro, começar o novo ano em grande.
(Eu estou na caixa onde estão os preservativos)

1º cliente:
Leva apenas um pacote de chicklets. Achei estranho. Quando chega a vez dele diz-me:
- Menina, eu queria uma caixa de preservativos. - e acena para eles
- Tá bem. Qual quer?
- Tanto faz. Um qualquer. Vocês fazem embrulhos? Era para embrulhar.
- Sim, eu já chamo uma colega.

2º cliente:
Tem aspecto de cigano.
- Menina quanto custa isto?
- O quê?
- Isto.
- Os preservativos?
- Sim.
- 5.69€ e 6.99€.
- Ah, ta bem, Não quero, então.

3º cliente:
Andou à volta dos preservativos uma data de tempo, até que eu olhei para ele para ver se ele precisava de alguma coisa.
- Menina, eu estou a tentar tirar daqui uma caixa mas não consigo.
- Pois, tem de ser com chave.
- Eu tava a ver se conseguia tirar sem chave.

What else? Entrou toda a gente com optimismo no novo ano...That's right!

1 comentário:

  1. A moral desta história se bem que optimista, importantíssima qualidade para quem gosta de bem viver a vida, carece de algumas interpretações e reflexões, a começar pelos ditos clientes os quais passo a enumerar:
    O 1º cliente parece-me uma versão jovial de tia-avó que oferece meias, nem sempre gostamos de as receber mas dão sempre jeito…os preservativos são ma mesma coisa, e de certa forma também se “calçam”.
    O 2º cliente deixa-me um pouco intrigado, será mesmo um cigano? Não faz sentido pois com preservativos não se conseguem abonos de família! Além do mais pondo-me na mente de um cigano / pessoa de bom senso, para quê comprar quando os preservativos são de graça nos centros de saúde.
    Chegando por último ao 3º cliente, todos temos um cigano dentro de nós (sentido figurado, claro!) / pessoa de bom senso (algumas vezes).
    O optimismo anonovista (vamos chamar-lhe assim) é uma coisa curiosa, como é capaz uma abstracção como a passagem de uma hora iniciar tanta coisa? Ou tanta promessa por cumprir. É deixar de fumar, beber, fazer dieta, sair mais, sair menos, acabar com a namorada/o, é imaginar e nomear.
    Mas por que é que o anonovista não há-de ser como o natal, quando um homem quiser; nisso os referidos clientes souberam fazer a analogia, pelo menos vão dar alguma coisa…ou preparam-se para isso. Ora aprendamos com eles. Mais uma vez o natal, a intenção é que conta, embora nem sempre nos deixe satisfeitos (1ºcliente). Quando não podemos comprar ou não queremos gastar, vamos á “natalidade” gratuita que sempre é melhor que nenhuma (2ºcliente). Quando tudo falhar o melhor é “atirar o barro à parede (às vezes cola) ” e agradar a quem queremos e gostamos (3ºcliente).

    Gervásio

    ResponderEliminar